terça-feira, 28 de maio de 2013

Trilha Sonora Na Estrada - Volume II

Segundo volume do Trilha sonora Na estrada está no ar !!

O Primeiro está em Na Estrada - Volume I - By Raffa



1. O Mochileiro - Muchileiros 
* Link somente para a música, não tem vídeo no youtube

2. Viagem Maravilhosa - Antonio Nóbrega 
* Link somente para a música, não tem vídeo no youtube

3. Na estrada - Cordel do fogo encantado
4. Panamericana - Lobão
5. Mochileira - Almir Sater
6. Apenas um rapaz latino Americano - Belchior
7. Giramundo - Manu Chao
8. Vem Ver - Derivados da Natureza
9. Barca pra ilha - Djambi
10. SOS - Raul Seixas
11. Bossa Nostra - Nação Zumbi
12. A Poeira, o canto e você - Zé Geraldo
13. Jesus numa Moto - Sá, Guarabira e Rodrix
14. São Paulo - 365
15. Vida Passageira - Ira
16. No ritmo da Vida - Wander Wildner


terça-feira, 21 de maio de 2013

Foto montagem III

Em homenagem aos brasileiros que chegaram ao cume do Everest em 2013 e todos aqueles que como eu, sempre precisam passar uns dias nas montanhas.



Reinhold Messner (Brixen, 17 de setembro de 1944) é um alpinista italiano de língua materna alemã, considerado por muitos como um dos melhores alpinistas de todos os tempos.

Messner foi o primeiro, com Peter Habeler, a escalar o teto do mundo sem garrafas de oxigênio em 1978, e o primeiro a escalar o Everest em solitário em 1980.

Ele também foi o primeiro a conseguir escalar todas as catorze montanhas com mais de 8000 
metros e o segundo a escalar os sete cumes mais altos dos sete continentes.

A foto foi tirada por mim na Pedra do Sino na travessia Petropolis x Teresopolis em 2011.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Trilha Sonora Na Estrada - Volume I

Hoje vou postar uma seleção de vídeos clips no youtube com os temas: na estrada, viagem, América Latina, Brasil e mochila.

Poderia ter escolhido várias músicas estrangeiras que são verdadeiras viagens e trilhas sonoras para nossas viagens, como Pink Floyd, Led Zeppelin, Eddie Vedder, Jack Johnson, Rolling Stones, Doors e por ai vai. Preferi escolher as nacionais (traduzidas também) ou em língua castelhana. Foram mais de 60 músicas escolhidas, irei dividir para não ficar muito cansativo.






Com vocês o volume I da Trilha sonora Na estrada - by Raffa


1. Pó da Estrada - Sá, Rodrix e Guarabira
2. Frontera - Muchileiros
3. A estrada - Cidade Negra
4. Um lugar do caralho - Júpiter Maça
5. On the road - Wander Wildner
6. Clandestino - Manu chao
7. Caminho de Minas - Zé Geraldo
8. Rodando El Mundo - Miranda e André
9. De Teresina a São Luis - Tribo de Jah
10. Maluco de BR - Ventania
11. O Passageiro - Capital Inicial
12. Infinita Highway - Engenheiros do Hawai
13. Plunct, Plact, Zum - Raul Seixas
14. O descobridor dos sete mares - Tim Maia
15. A Beira do Caminho - Blitz


playlist no youtube: 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Raffa no Mochila Brasil

Ontem saiu uma entrevista minha no site MOCHILA BRASIL

O site Mochila Brasil é a mãe do www.mochileiros.com, o melhor site de destinos, informações e dicas para viajantes independentes do Brasil. Uma verdadeira honra em participar !


A entrevista está em:


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Peregrino Virgílio Ribeiro, 91 anos, com carinho

Hoje vou escrever neste espaço uma homenagem e admiração a um homem que não conheci e o destino quis, não deixar conhece-lo.

Essa semana li uma matéria de 2011 sobre o Sr. Virgílio na folha de São Paulo:


Desde os 17 anos, o aposentado Virgílio Ribeiro, 89, percorre, andando, os caminhos mais longos do Brasil e do mundo.


"Caminho há 70 anos. Tenho recordes de tudo. Caminhei todo o Brasil, o México. Fui ao Vale dos Dinossauros, na Bolívia. E fiz duas vezes o caminho de Santiago.

Sou o homem mais antigo a fazer o caminho.


Da primeira vez, em 2001, foi um desafio. Peguei meu 13º salário, o que eu tinha, fiz um empréstimo e fui para lá com a cara e a coragem, sozinho, sem ninguém...
Saí de Roncesvalles, nos Pirineus. Logo 22 ou 25 km adiante, tinha um albergue, mas não parei. Fui direto para Pamplona. Naquele dia, andei 48 km, com a mochila nas costas. A mochila e o cajado de peregrino.

Voltei sete anos depois e fiz um trajeto ainda mais longo, saindo de Saint Jean Pied de Port, na França. São 850 km até Santiago de Compostela.


Ser peregrino é interessante. A gente vê tanta coisa. Eu sou um camarada assim: eu curto a vida. A única infelicidade que eu tenho é não ter minha esposa viva. Vivemos juntos 46 anos. O resto...


Eu não tenho dor, não tenho dificuldade, não tenho nada. O único problema que tive foi na primeira vez que fiz o Caminho. Senti uma canseira. Parei no albergue, veio uma médica me examinar.


'Seria bom você ir para um hospital, passar dois dias, depois se recupera', ela disse.


Veio uma ambulância na hora, me levou já com balão de gás para ajudar a respiração. Fiquei num apartamento, num centro hospitalar, coisa maravilhosa, com telefone, televisão, jornal de manhã, sem pagar nada.


Depois de dois dias, voltei para a caminhada e completei a jornada em 28 dias.



Segui cantando. Eu gosto de cantar. Estudei canto, de moço. Em qualquer albergue, eu chego cantando. Canto tudo: canções, trecho de ópera, tudo o que eu lembro.

Na minha juventude, já gostava de caminhar. Com 17 anos, escalei o pico do Jaraguá, que era selvagem naquele tempo. Fui com três amigos, e passamos os quatro dias de Carnaval. Essa foi a minha primeira aventura. Aí tomei gosto por aquilo.


CIGARRO E CERVEJA

Eu fumava um maço e meio de cigarros por dia, fumava muito, bebia também. Trabalhei 22 anos na Brahma, a gente bebia muito. Era de graça mesmo, não é?

Larguei em 1972. O homem, quando chega aos 45, 50 anos, tem de parar com essas coisas, passar a encarar melhor o que faz. Eu deixei de beber de repente, assim, cismei, falei para a mulher: 'Olha, não vou beber mais'.


Uns dias depois, eu saí de casa para comprar cigarro. No meio do caminho, parei, pensei: 'Deixei de beber, vou deixar de fumar também'.


SAÚDE

O cigarro não teve nada a ver com o câncer. O câncer foi depois. Tenho agora 89 anos, o câncer foi 24 anos atrás.

Estava em Angra dos Reis, com minha filha, meu genro, meus netos pequenos. Mergulhei no mar, tentei nadar e não consegui. Cansado demais, não respirava bem.


Voltamos para São Paulo, fui ao hospital, fiz exames. O médico me disse: 'Olha Virgílio, você está mal, vai ser operado. Eu já vou te avisando: é um caso que pode retornar, pode ter sequelas'.


Eles operaram meu estômago, fiquei um tempo no hospital. Quando voltei para casa, depois de um tempo, fui para a academia. Eu sempre fiz musculação, fazia modelagem física no Palmeiras. Sou um português palmeirense. Até o ano passado, fazia musculação.


PELO MUNDO

As grandes caminhadas foram todas depois da operação. No exterior, a primeira foi em 1997, no México: com 75 anos, percorri os caminhos da civilização maia. Em 2003, com 81, fui o homem mais antigo a subir o monte Huayna Picchu, em Machu Picchu.

Andei sete horas sem parar, foram 36 km, com uma subida de 2.825 metros. Quando desci, foi uma emoção indescritível, impressionante. Estava todo mundo na praça me esperando, para me receber e me dar os parabéns. Aí eu chorei.


Pelo Brasil, fiz todas: caminho da Luz, caminho do Sol, caminho das Missões, passos de Anchieta. O caminho da Luz, em Minas Gerais, com o pico da Bandeira, é lindo, lindo, lindo.


Num certo trecho, a gente caminha por onde era o leito da estrada de ferro que vinha do Rio, a Leopoldinense. Não tinha mais a estrada, não tinha trilhos nem dormentes, mas tinha aquelas estaçõezinhas velhas, sem telhado.


Eu vivo o caminho. Aquela beleza, os rios, as matas, as flores, os pássaros, aquela coisa maravilhosa que eu encontro pelo caminho. Eu paro no meio da trilha, me apoio no cajado e fico pensando, imaginando: eu sou um mensageiro de Deus.


Somos todos uma figura só: árvores, pássaros. É isso ai. Essas coisas é que eu busco no caminho.


COTIDIANO

Meu dia é assim: deito de madrugada, aproveito todo o possível do dia, faço palavras cruzadas, vejo filmes, escrevo poesia, impressões que tenho das viagens.

Faço almoço, porque, com o meu salário, não dá para almoçar fora. Faço sopa, uso cenoura, mandioquinha, para quatro, cinco dias. Ponho no freezer, para não fazer todo dia, porque eu saio muito também.


Encontro os amigos, as amigas. Mais interessante é encontrar as amigas. Porque aí é beijinho daqui, beijinho dali...


A vida é assim. Eu tenho uma vida formidável, rapaz.


Vida fora do normal. Não posso me queixar. Sou feliz, apesar de viver sozinho. Ganho pouco, mas sou feliz."


RAIO-X

* NOME E ORIGEM
Virgílio da Silva Ribeiro, 89, nasceu em 1922, em Vila Garcia, distrito de Trancoso, Portugal. Veio para o Brasil com pouco mais de um ano e meio
* FAMÍLIA
Viúvo de dona Helena, com quem foi casado por 46 anos e teve quatro filhos. Tem nove netos
* TRABALHO
Aposentado, já foi gerente de bar, contador, recepcionista e subchefe de departamento pessoal
* CAMINHADAS
Caminha desde os 17 anos, mas passou a fazer longos percursos depois dos 75


ANDANÇAS NO BRASIL
* Caminho da Fé
De Águas da Prata a Aparecida (SP), passando por trilhas
* Caminho da Luz
De Tombos, a 383 km de BH, ao Pico da Bandeira. São quase 200 km em sete dias. 
* Caminho das Missões
Percurso de até 325 km, na região das Missões, no RS.
* Caminho do Sol
São 241 km, de Santana do Parnaíba a Águas de São Pedro
* Os Passos de Anchieta
Reconstitui trilha percorrida pelo padre Anchieta. São 100 km, no Espírito Santo.

**** Matéria original: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/917107-aposentado-de-89-percorre-caminhos-mais-longos-do-mundo-a-pe.shtml



Como escrevi lá no começo, quis o destino não deixar conhece-lo, ele faleceu na última quarta feira (15/5). A essa hora deve estar caminhando por lugares tão belos como já o fez e o melhor, em companhia de sua esposa.

Mas na Terra o que deixamos são nossas conquistas e histórias, eu como amante da natureza e de trilhas, fico extasiado em ler uma história de vida como a do Sr. Virgílio.

Espero um dia chegar aos meus 90 anos e lembrar do peregrino que hoje sou seu fã.


"Alem de ser um caminhante, eu era um sonhador e o sonho não tem limites, e dei-lhe um exemplo: se nós estivermos entre duas linhas paralelas e olharmos o horizonte, veremos o encontro das linhas, aquela junção nós jamais a encontraremos, mas vamos caminhando até alcançar o nosso objetivo. Haverá na vida sempre o desafio de encontrarmos a junção das linhas. Esse é o sonho e o sonho é o sentido da vida. Toda realidade começa com um sonho." Virgílio Ribeiro

E que sirva de lição,

Ainda há tempo de mudar o caminho que você segue !!!


Descanse em Paz, Peregrino !

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pico do Lopo II

Retornando a bela cidade de Extrema, em MG. Dessa vez, para subir novamente, o Pico das Flores e o Pico do Lopo.

Na primeira vez o tempo lá no Cume não tinha ajudado. Agora, o sol foi do inicio ao fim. Relato da primeira vez no Lopo: http://raffanocaminho.blogspot.com.br/2012/10/pico-do-lopo-extrema-mg.html

Saímos de Itatiba, de van, por volta das 7:45 da manhã. Chegamos em Extrema, por volta das 8:40 e até subir a estrada que leva as Torres da Embratel, levamos mais uns 20 minutos. Começamos a caminhar por volta das 9 e pouquinho da manhã.


Para chegar até o começo da trilha, é só seguir as placas na entrada da cidade para a Pedra das Flores, do Cume ou Rampa de voo. A estrada é hora pavimentada, hora terra bem batida, sem problemas. Passando a rampa de voo, chega á um estacionamento da pousada e umas torres de telefonia. Ali pode se deixar o carro e seguir pela estrada abaixo. No portal que indica a pousada, tem uma trilha a esquerda indicando Pedra das Flores, ali, é só seguir a trilha bem batida. Uma das saídas, é para a Pedra do Cabrito e mais em frente,  você chega a Pedra das Flores

A trilha a maior parte do tempo é coberta pelas árvores. Só precisa ter cuidado uma hora que tem que passar por uma pedra inclinada (a da foto)




Ao chegar na Pedra das Flores, a vista para a Pedra do Cume ou Pico do Lopo é sensacional.




Para seguir para a pedra do Cume, é só caminhar sentido ela, até uma trilha bem batida que sai da Pedra das Flores. Depois a trilha volta ser coberta com arvores até a base da Pedra do Cume ou do Lopo.



Até o cume não existe nenhum perigo, só um pequeno esforço para poder subir as pedras e logo estará a 1870m




Do alto do cume, você tem uma visão 360º, com direito a represa de Jaguari, Cachoeira dos Pretos e várias cidades.





Depois de alguns minutos curtindo a paisagem, retornamos pela mesma trilha. Agora um pouco mais rápido, porque a maioria já tinha esvaziado as mochilas carregadas de petiscos e também por não ter tantas paradas.


a turma


Algumas dicas:
* Levar protetor solar, boné e roupas adequadas para proteger do forte calor e do sol, principalmente na Pedra do Cume e na das Flores.

* 2l de agua
* Nunca faça trilha sozinho
* leve seu lixo sempre de volta
* Tenho o tracklog da trilha no primeiro relato para lá




Mais fotos em : https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10151565511204812.1073741828.576754811&type=1&l=40b6908e28