Recentemente, fomos até o Rio Branco da Conceição, logo após o túnel 25 da linha férrea que passa pelo bairro da Barragem, zona sul de sampa. Ali, tínhamos pouco tempo e não conseguimos encontrar o começo da picada que leva até o rio branquinho no vale. Valeu a pena de qualquer forma. Deu para se refrescar nas cachoeiras.
Na semana seguinte saiu essa matéria, falando da tal "TRILHA PROIBIDA". ( Matéria do Estadão)
Após uma discussão por e-mail, combinamos de descer a serra. Augusto, Gibson, Piacitelli, Sandro e eu.
Ponto de encontro: Metro Vl. Mariana. 20h. Após umas cervejinhas e lanches, pegamos o ônibus até Parelheiros. (20:30).
Encontramos com o Sandro no terminal Parelheiros, aonde pegamos outro ônibus, sentido Barragem, ponto final. Chegamos por volta das 00h.
Caia uma chuva fraca. Colocamos nossas capas. Acomodamos as mochilas e seguimos estradinha de terra sentido a linha férrea. No caminho paramos num buteco a esquerda para comprar agua. 5 minutos depois já estávamos na estrada de terra, escuridão total, nenhum movimento. Só nós e a chuva fraca que não parava.
Depois de 1:30 caminhando, chegamos na linha do trem, pegamos o lado esquerdo. E nada da chuvinha dar uma trégua. andamos paralelos a linha do trem até a estação Evangelista de Souza. Ali fizemos uma pequena pausa.
20 minutos depois continuamos pela linha do trem até o túnel 25, aonde seria nosso acampamento. Não andamos muito rápidos porque estava bem liso.
Após o túnel 25, a direita, tem uma canaleta e dali desce uma trilha, só seguir ela até um pequeno descampado, aonde alguns anos atrás existia uma cabana (O índio João disse que o falecido tio dele morava ali). Cuidado na trilha a esquerda que existem alguns buracos gigantes.
Montamos a barraca na chuva. Ô delícia. rs
Dormimos por volta das 4:20 da madrugada. Ainda chovia e dentro da barraca bastante umidade porcausa das capas, botas, mochilas molhadas e a chuva que caiu durante a montagem.
Sábado, tempo nublado, garoa fraca, acordamos as 11h da manhã. Mas o esforço valeu a pena, pois ali na altura da cachoeira do Jamil (após a evangelista de souza), tem o comando da policia que não deixa ninguém passar trilha do trem abaixo.
Tomamos café, desmontamos nossas barracas molhadas, e subimos pela pequena trilha até a linha do trem novamente. Continuamos descendo pelos trilhos, passamos o túnel 24, andamos mais uns 100/200m e do pé de uma bananeira, avistamos uma placa TERRA PROTEGIDA, área indígena. Ai sim, começava nossa trilha que dá ultima vez falhamos.
A trilha que desce é bem demarcada. É só seguir ela até uma arvore bem grande, a direita segue para a cabana do índio João e a esquerda leva até o rio. Descemos primeiro pela direita. Chegamos na cabana do João, índio bem simpático, nos deu dicas para seguir o caminho, só não foi junto porque a mulher dele estava fazendo a comida. Tambem deixamos alguns alimentos que estávamos levando (Cada um levava 2kg de comida não perecível para doação). Voltamos para a trilha, viramos agora a direita na grande arvore e agora a trilha seguia para baixo. Bastante lama, cada hora um revezava no tombo.
Indio João e nós |
Chegamos na confluência dos rios branquinho e capivari às 17:40h. Agora era hora de procurar uma área para o acampamento. Mais para frente da confluência havia um antigo acampamento. Não tivemos dúvidas e acampamos por ali, ao lado do rio (que estava forte devido as chuvas).
Cada um fez seu jantar, Augusto mandou miojão, Piacitelli uma massa, gibson foi na sopa e depois uma lasanha, eu e o Sandro dividimos o clássico, arroz, feijão preto, farofa e linguiçinha acebolada. 19:30 estavam todos capotados, úmidos e dormindo ao som do rio. OBs: Nenhum dos acampamentos, comportavam mais que 6/7 barracas.
Piacitelli, acho que sofreu um pouco mais, pois entrou muita agua em sua barraca e molhou todo saco de dormir. A madruga foi tranqüila, eu só ouvia o rio
Domingão chegou e com ele o sol, pena que ali na mata fechada, dificilmente secaria todas as nossas coisas. Acordei por volta das 9h. fizemos o desjejum, desmontamos o acampamento. o dia estava lindo.
Por volta das 10:40 já estávamos prontos para seguir a trilha. Agora procurando a trilha, já que ali no acampamento terminava o caminho. Com certeza a trilha estava do outro lado do rio, que ali passava um pouco forte. Na altura da cintura. Fizemos algumas incursões na mata e nada na trilha. Certeza. a trilha estava do outro lado do rio. E lá fomos nós. O rio estava um pouco forte, resolvemos usar a corda por precaução pois um dos nossos amigos não sabia nadar. todos do outro lado e lá estava a trilha. Bem demarcada também.
Era meio dia e seguimos a trilha, que boa parte do tempo era paralela ao rio e depois foi se afastando. Era bem demarcada. depois foi voltando em direção ao rio e prontos. 13:30 chegamos em uma parte da Aldeia Indígena. Ali fizemos o primeiro contato com o índio Henrique.
Henrique também foi bem simpático. Deixamos mais alguns alimentos (fica a dica, entregue mais para a frente). Perguntamos sobre a possibilidade de conseguir uma carona ou pagar por ela. Ele disse que havia um carro na parte principal da aldeia, para corrermos e falar com o índio Miguel.
Pegamos o caminho, atravessamos o rio novamente (bem tranquilo naquela parte) na altura dos joelhos.
Chegamos na Área central da aldeia, todos estavam em uma reunião. Esperamos um pouco, observamos a aldeia, bastante construções de alvenaria, postes de luz e tambem algumas cabanas bem simples. Tambem conhecemos o cacique Arlindo, índio novo, aparentando ter menos de 35 anos, de poucas palavras,
Entregamos o restante dos alimentos e conversamos com o dono do caminhão que estava ali de visita para retirar alguns bambus e cipós para trazer para SP.
Foi nossa sorte. economizamos uma pernada de 21 km até a rodovia. Passamos pelo bar do zé pretinho aonde passa o ônibus circular que leva ate itanhaem 2x por dia. Não conseguimos a informação de horários.
Chegamos no posto. ao lado da Breda. aonde as 14:40h o Sandro já conseguiu passagem para Osasco, as 15h o Piacitelli para SP e como não tinha mais passagem, eu, Augusto e Gibson, embarcamos as 16h. Deu tempo até para a cervejinha.
18h todos estavam em SP !
Fim de semana com direito a trekking noturno, chuva, lama, atravessamos vários riachos, 2 rios e uma trilha que ninguém conhecia, só seguimos relatos(Beck e Jorge) e mapas.
Dá vontade de mandar para o repórter que a classificou como "proibida" e para quem bota a culpa no GPS quando falta bom senso e responsabilidade em levar várias pessoas, sendo que em nenhum momento o meu GPS e o do Piacitelli perderam o sinal. Agora temos o tracklog. De "proibida" é só para pessoas sem noção e despreparadas.
Equipos que levei:
Mochila alpina 43l trilhas e rumos
Saco de dormir Micron Lite (passei um pouco de frio)
segunda pele quechua
botas titã nomâde
banqueta guepardo
parka trilhas e rumos
headlamp guepardo
fogareiro nomad da nautika
barraca falcon 2
isolante inflável therm a rest
facão 18 polegadas (só foi preciso da trilha do acampamento pós túnel 25)
bastão ultralight quechua
calça climatic trilhas e rumos
3 pares de meia
3 camisetas
2 bermudas térmicas
conjunto panelas backpacker
câmera canon sx 120 (fotos borradas porcausa do vapor dentro da parka)
GPS hcx Etrex
2kg feijão/fubá para entregar aos índios
+ou- 3kg de mantimentos
FOTOS DA TRAVESSIA: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150562904044812.404788.576754811&type=1&l=e0fb25b213
O quê? Onde? Cadê?
ResponderExcluirNão entendi!
Será que ele chutou com tanta força que a metade da perna foi junto?
ResponderExcluirahahah podecrer. mas a calça é ggg
ResponderExcluirUma aventura e tanto hein rs.
ResponderExcluirE aí Raffa.
ResponderExcluirTerminei o relato e a edição das minhas fotos agora a pouco.
É de travessias assim que eu tô atrás e quando vcs estiverem fazendo alguma inédita, pode me dar um toque.
Abcs
E ai Augusto !
ResponderExcluirVou dar uma olhada !
Quando souber de uma dá um toque tambem. abs
Esse ano ainda quero ver se tiro o atraso de algum tempo sem ter realizado algumas trilhas e travessias.
ResponderExcluirMas sempre vou dar um toque p/ todo o pessoal que foi com a gente.
Gostei muito de ter feito essa travessia, pelo grupo e pelo desafio.
Valeu
Boa Noite,
ResponderExcluirCara você tem o mapa dessa trilha para GPS...
Fiquei afim de faze-la...Se puder passar ficarei muito grato...
Hey, Raffa, você pode passar o tracklog dessa trilha? Quero faze-la e seria se grande ajuda!
ResponderExcluirFala Augusto, o tracklog está ou estava no computador que esta quebrado. Ainda não tenho idéia de quando vou arrumar. Qualquer novidade aviso. Abs
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