Vou refazer meu ultimo relato que foi em 2011 e espero ajudar quem queira conhecer esse paraíso perdido em plena Sampa:
Depois de uns 3/4km andando nos trilhos, chegamos no Jamil. Paraná estava acordado e sentando em frente a nossas barracas. Tomamos uma ducha, e para variar Minduim foi para cozinha fazer o rango. 25minutos depois chegaram a Cris e o Marcelo. Almoçamos e ficamos morgando por ali.
Fomos até o último bairro da zona sul de São Paulo, bairro da Barragem. Saímos as 6h da manhã do metro Vila Mariana até o terminal Parelheiros. De lá pegamos outro ônibus até o bairro da Barragem (ponto final).
Chegamos na Barragem, um bairro bem simples. Nem parece que estamos na selva de pedra chamada São Paulo. Bastante verde, pessoas humildes e pouco comércio. Compramos agua, um vinho e alguns biscoitos e pé na estrada.
A estrada é bem aberta e é paralela a linha do trem (Antiga Sorocabana 1935). Depois de caminhar por volta de 40m/1h chegamos na linha do trem. Era só descer até o túnel 25 (a contagem é de baixo para cima da serra).
Na altura da propriedade do Jamil, havia um comando da policia militar e guarda municipal barrando todos que desciam sentido a usina (caminho que iriamos passar), rapidamente, desviamos o do comando avisando que iriamos entrar na cachoeira do Jamil e acampar por lá. Ufa. sorte... por pouco a trilha não acaba ali.
Concordo com esse bloqueio, pois na Usina já morreram muitas pessoas e recentemente no carnaval mais uma pessoa se acidentou. Fora o pessoal que destrói e suja a região. Fica muito difícil a policia descobrir quem é responsável e ecologicamente correto.
Bom, resultado, ficamos o dia inteiro no Jamil esperando o comando ir embora. Nadamos na prainha, fizemos almoço, cochilamos, demos bastante risada com o caseiro, o Paraná e seu "caneco de couro"
Cachoeira do Jamil |
A Cachoeira do Jamil é a junção dos dois rios, Monos e Capivari. OooO Agua gelada. Nem peixe tem nesse rio. Chegamos na Prainha, local gostoso para tomar sol e nadar. Só que cuidado nessa piscina natural. O rio tem uma correnteza forte por baixo e é perigoso ele te jogar para o fundo. Nade proximo ao banco de areia e não deixe que a agua cubra sua cabeça.
Depois de uma hora por ali, voltamos pela trilha, passamos nas pedras, ali mais algumas piscinas e voltamos para o QG para fazer almoço.
Almoço, nem falo nada, Minduim, assumiu as panelas, saiu aquele rango: Arroz integral, tabule, feijão com linguiça, batata palha e ate umas jalapengos.
Depois ficamos ali de bobeira tomando cervejinha, Marcelo tocando o violão, Cris cantando e esperando a noite chegar.
A noite chegou para mim, o minduim e a Cris, para o Marcelo não. PT. queimou a largada antes das 21h. rsss Nessa hora estavamos escutando o sonzinho via ipod, comendo batata assada com molho de requeijão, alho e tomate seco e acompanhado de vinho.
Viajamos com os vaga-lumes dos olhos iluminados e por volta da meia noite todos estavam dormindo. O bom que não colocamos o teto nas barracas, então deu para dormir bem frescos.
Acordamos 8h da manhã e após o café, fomos conhecer a cachoeira da Usina. Só seguir pelo trilhos, antes do túnel 27 tem a entrada a direita para a trilha. Do Jamil até a Usina dá umas 2h. Rolou umas emoções até chegar lá. Passamos entre os vagões de trem parados que podiam andar a qualquer momento.
Chegando na usina, aquela velha ponte que um dia passávamos por cima, está só a carcaça. Optamos ir por baixo, atravessando o rio. A Usina está totalmente com o mato dominando, pessoal que acampa por ali destruiu tudo infelizmente, só sobraram os muros das casas. Calor estava forte, agua refrescante. Encontramos um pessoal por ali, nos despedimos e fomos até a casa das maquinas, trilha que segue por trás das casas. Agora tinha uma bela pirambeira para descer.
A casa se já estava destruída a uns 4 anos atrás quando fiz essa trilha, agora estava destruída² e cheia de lama. Uma pena. Fomos em outra queda d agua, descemos pelas pedras lisas e avistamos a queda principal da Cachoeira da Usina. Fantástico.
Cachoeira da Usina |
Cachoeira da Usina |
Ficamos ali parados alguns minutos, escalamos as pedras e voltamos a subir a pirambeira. Ops. Cobra no caminho... Marcelo tomou um susto, mas foi tudo tranquilo, ela voltou para o mato e seguimos a trilha.
A volta é bem chatinha, caminhar pelas pedras nos trilhos enche o saco. rs O visual é bonito, não tem sombra e tem que ficar esperto com os trens. Eu e o Minduim fomos na frente, conseguimos sair dos trilhos quando um trem estava parado e vinha outro descendo. O marcelo e a cris, não tiveram a mesma sorte e ficaram parados encostados numa mureta. Bem perto dos vagões descendo.
Grande Minduim , está lá no céu, no alto da nuvem mais alta, nos aguardando :) |
- Como chegar: Pegar ônibus no terminal metro vila mariana até o terminal Parelheiros e lá pegar outro ônibus para o bairro da Barragem. descer no ponto final. Depois seguir pela estrada de terra até a linha de Trem. Você irá passar pela Estação Evangelista de Souza, Propriedade do Jamil, a Usina fica numa trilha a direita antes do túnel 27. Depois só seguir a trilha, vai chegar no rio aonde existe uma carcaça de uma ponte de madeira, só atravessar com cuidado pelo rio e verá a cachoeira.
- Leve tênis confortáveis pois caminhar sobre os trilhos do trem é bem cansativo
- Dá para chegar de carro até a cachoeira do Jamil.
- Como pega um trecho urbano é recomendado não levar nada de valor.
- Levar lanterna, todas as vezes que retornei estava escuro caminhar pela estrada.