Fomos até o extremo sul de São Paulo, bairro da barragem. Saímos as 6h da manhã da Sexta-Feira, do metro Vila Mariana até o terminal Parelheiros. De lá pegamos outro ônibus até o bairro da Barragem.
Chegamos na Barragem, um bairro bem simples. Nem parece que estamos na selva de pedra chamada São Paulo. Bastante verde, pessoas humildes e pouco comércio. Compramos agua, um vinho e alguns biscoitos e pé na estrada.
A estrada é bem aberta e é paralela a linha do trem (Antiga Sorocabana 1935). Depois de caminhar por volta de 40m/1h chegamos na linha do trem. Era só descer até o túnel 25 (a contagem é de baixo para cima da serra).
Estação Evangelista de Sousa |
Concordo com esse bloqueio, pois na Usina já morreram muitas pessoas e recentemente no carnaval mais uma pessoa se acidentou. Fora o pessoal que destrói e suja a região. Fica muito difícil a policia descobrir quem é responsável e ecologicamente correto.
Bom, resultado, ficamos o dia inteiro no Jamil esperando o comando ir embora. Nadamos na prainha, fizemos almoço, cochilamos, demos bastante risada com o caseiro, o Paraná e seu "caneco de couro".
Prainha da Cachoeira do Jamil |
Rapidamente a noite veio, não fazia frio e passavam vários trens, ora subindo, ora descendo.... a noite estava linda, dava para ver as luzes do litoral, unica coisa que estragava era o cheiro forte de soja estragada(algum vagão descarrilhou e muitas sacas ficaram a beira da linha)
Passamos pelos túneis, 27, 26.... ritmo forte, só diminuímos um pouco, pois por milimetros não pisei em uma cobra... eu não vi, quem viu foi o Sandro que vinha logo atrás.
Chegamos no túnel 25 e devido a escuridão não visualizamos a entrada da trilha. Vimos que um pessoal acampava a beira do Rio Branquinho. Entramos numa picada na saída do túnel a direita, achamos uma clareira e ali ficamos. Montamos nossas barracas, tomamos um vinho, fizemos um lanche rápido e por volta das 22h já estavamos capotados. O tempo estava tão agradável, que dormi só de lençol. Depois nem lembro mais de ouvir trem passando pela linha.
Acordamos no sábado, por volta das 7:30 e as vozes do pessoal que estava acampando no Rio, estava muito próximas. Desmontamos acampamento, ali a primeira dúvida, continuar a picada indo para a direita ou voltar para a linha do trem e tentar descer o Rio ? Optamos por tentar descer pelo rio. A entrada da trilha é antes do túnel 24. Assim que desce a pirambeira, você já está no rio.
Ali no Rio Branquinho, tinham umas 9 pessoas acampadas. E para variar bastante sujeira de outras pessoas que passaram por ali. Cumprimentamos o primeiro grupo e descemos o rio pelas pedras.
Mais para baixo encontramos outro grupo de pessoas acampadas e mais sujeiras feita por eles mesmos. Cumprimentamos rapidamente e seguimos pela trilha, já que ali, o rio entrava tipo em um túnel que parecia um toboagua. A trilha era bem fechada. Mas valeu o perrengue, do outro lado, uma belo poço e o toboagua formava uma cachoeira, ainda bem que ninguém quis descer escorregando rsrsr
Nadamos um pouco e logo o pessoal que estava acampado veio atrás da gente. Quando chegaram no poço, nos vestimos e seguimos rio abaixo, ainda tinha muita coisa para andar.
Em determinado momento, o rio virava uma imensa cachoeira, impossível descer pelas pedras sem cordas. Ali vimos que seria dificil descer ou tentar ir pela outra trilha, pois o Gibson tinha que estar em Sampa no Domingo bem cedo.
Bom, curtimos mais um pouco o rio, começamos a fazer o mesmo trajeto, subindo. Agora vem a parte da ignorância e a imbecilidade humana. Aquela turma acampada proxima ao toboagua, deixou o lixo tudo no saco, mas o largou ali, junto com uma calça jeans, papéis higienicos e outras sujeiras mais. Além do que no meio das pedras do rio, dois pacotes de macarrão, tempero e copos plasticos. Recolhemos o máximo de lixo que conseguimos, infelizmente foi muito pouco para o que tinha ali. e voltamos para a linha do trem.
Agora o trajeto era subir naquele sol e caminhar sobre pedras e trilhos o desgaste é bem maior. Foi bem cansativo. No meio do caminho encontramos um índio que nos forneceu mais dicas e o caminho certo até o litoral.
Ao passar pelo Jamil, também não tinha mais nenhum comando, era por volta das 16h. Chegamos na Barragem, era noite, 6:40/7h. Por sorte o bus já estava para sair. Só deu tempo de comprar algo gelado e capotar rssss.
Chegamos em Parelheiros, por volta das 7:40 e seguimos rumo a Vila Mariana com planos para voltar e fazer o percurso completo.
Eu finalizei meu feriado no Morrison Rock Bar... nem eu acreditei. Mas fechei com chave de ouro, um feriadão que estava praticamente perdido..
Travessia completa Barragem, via rio Branquinho até Itanhaem na Aldeia Indigena em um próximo post
Dados GPS:
Total ida e volta: 33KM
Velocidade média: 2,4
Ganho de elevação: 158m
http://connect.garmin.com/activity/81468494
http://connect.garmin.com/activity/81468501
http://connect.garmin.com/activity/81468514
http://connect.garmin.com/activity/81468522
http://connect.garmin.com/activity/81468529
http://connect.garmin.com/activity/81468536
Equipos:
Botas Nômade
Barraca Falcon 2 nautika
Mochila alpina 33l - Trilhas e rumos
Headlamp Guepardo
Bastão da quechua
Isolante therm a rest
GPS hcx garmin
FOTOS: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150562840874812.404781.576754811&type=1&l=32973ba803
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