Acordei tranquilo por volta das 6:30. Arrumei minhas coisas bem devagar. Depois de tudo pronto, como fazia todos os dias pela manhã, fui separar umas moedas para tomar café no próximo comércio aberto. Ao abrir minha carteira, não tinha uma cédula, ME ROUBARAM 270 EUROS. Não acreditei.
Todos os dias durante o Camino, domia com a parte superior da minha mochila junto ao corpo, tá certo que com os passar dos dias, voce relaxa um pouco, mas mesmo assim, a parte superior da mochila, estava do meu lado na cama. O ladrão teve a capacidade de abrir a mochila e depois a carteira, só me roubou o dinheiro, a camera, o ipod e outras coisas de valor ficaram. Do mesmo modo que ele abriu, ele fechou. Para mim, foi alguem que só queria andar com o dinheiro e nada que fosse de outro peregrino e que eu nao percebesse ali.
Quando sai o pessoal estava la fora e sem eles souberem que tinham me assaltado, o Alfonso disse que tinham levado 50 euros dele.Depois falei quanto tinham me levado, todos ficaram abismados.
Para mim, o Camino estava terminando, não sabia quanto ainda tinha no Cartão. Fui caminhando sem nenhum euro, até o próximo povoado, Triacastela.
A paisagem era linda, não tive vontade nenhuma de tirar fotos e muito menos conversar com o pessoal. Depois me despedi deles e comecei a caminhar bem rápido e preocupado.
Fui o primeiro a chegar em Triacastela, as 11:30, avistei a Ixi e a Nerea que a dois dias atrás tinham nos abandonado para seguir de bus. Deixei minha mochila com elas no albergue e fui rapidamente ao Caixa Eletronico. Não era um bom dia, o caixa não estava aceitando nenhum cartão ou era eu que não tinha mais dinheiro ??
Voltei ao Albergue e consultei o próximo povoado com caixa eletrônico. Era Samos e por coincidência, havia um Monastério que eu podia ficar sem pagar. O Jose ainda me pagou uma tortilla. Me despedi e segui pela estrada. Em Triacastela o caminho se divide em dois, para Samos é mais comprido e na frente o caminho volta, é como se fosse um desvio.
Para Samos, o caminho começa a beira da Estrada e depois você entra no meio da serra, passa por minusculos povoados, sem agua, sem comércio e sem ninguem nas ruas. Estava muito preocupado e puto, não senti nem sede e nem cansaço. Andei 34km somente com uma tortilla e um café no estomago.
Quando você chega em Samos, tem uma vista sensacional do Monastério. Mesmo sem ter esse problema com o dinheiro, recomendo vir por esse Caminho.. mas preparado.
Conheci o Agostinho, um padre peregrino. Me falou aonde era a entrada do Albergue, enquanto isso fui ao caixa e consegui sacar dinheiro. Uma alegria imensa tomou conta de mim, agora terminaria o camino :)
Ai tomei duas cocas, comi e fui contente para a porta do Albergue.
O hospitaleiro bem simpático conhecia pessoas da Associação de SP. O albergue não tinha cozinha, mas fiz outro sanduíche e fui visitar o Monastério por dentro. Conheci tambem 3 brasileiros.
Caiu uma tempestade, chuva bem forte, ainda bem que não estava caminhando. Fiquei no refugio
Dormi tranquilo e mais uma vez agradeci a Santiago !
Gastos:
0,50 internet
Comida e refri: 6euros
Observações By Raffa:
Mesmo tomando cuidado com minhas coisas de valor, conseguiram me furtar. Depois comecei a dormir com a parte de cima da mochila dentro do saco de dormir.
Se for fazer o trajeto até Samos, leve comida e agua. não tem comércio. O Monastério é lindo. vale uma visita
Distância percorrida Cebreiro > Samos (34 Km)
Detalhes da Etapa by Manoel de Brasilia
Os trechos de aclive com maior dificuldade são de Liñares ao Alto de San Roque, e de Hospital da Condesa até o Alto do Poio (2,2 km). Os trechos de declives com maior dificuldade são os da
chegada aos povoados de Biduedo e Filloval. Os pontos relevantes da etapa são o caminhar através belas paisagens nas regiões de Fonfria, Biduedo e Filloval, e algumas áreas de bosques em As Pasantes nas proximidades de Triacastela.
+ FOTOS: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10151038211084812.456395.576754811&type=1&l=cf803047b3
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