quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Travessia Aiuruoca x Baependi - MG

Feriadão de 7 de setembro, escolhemos fazer a Travessia Aiuruoca até Baependi, foram mais ou menos 46 km entre morros e cachoeiras mineiras, cada vista e por do sol de tirar o fôlego. Total de 4 dias e 3 noites.

Abaixo vou dar algumas dicas e outras informações.

Normalmente o pessoal faz ao contrário essa Travessia, como tinha um grupo de amigos indo para Aiuruoca, aproveitamos e nos juntamos a eles no sábado na Cachoeira dos Garcias, uma das mais bonitas que já conheci:




Em Aiuruoca, ficamos de sexta para sábado na pousada do Frank, um antigo casarão, bem simples mas com hospitalidade sensacional. O Frank mora ali com sua familia. Contato: 35-334412-30 - Frank - Custo R$20 com café

O Frank conseguiu o contato do Marcus, da Ajuru, que tinha uma kombi e faria nosso resgate no Bairro da Vargem em Baependi na terça feira. Outra pessoa sensacional, ele nos deixou na trilha mais "fácil" para o Papagaio e na terça estava lá no horário marcado. Contato: 35-9944-1601 ou 35-3344-1601

Sábado de manhã curtimos a Cachoeira dos Garcias (vídeo acima) com nossos amigos e por volta do meio dia saímos para almoçar em Aiuruoca, no restaurante 2 Irmãos. Comida mineira dispensa comentários.

Depois voltamos para a pousada e nos preparamos para começar a travessia. Saímos um pouco tarde, por volta das 14:40 e começamos a subir em direção ao Papagaio às 15h e alguns minutinhos.


Inicio da travessia com o Pico do Papagaio a frente
Acampamos próximo ao a trilha que nos levaria ao cume e no domingo de manhã subimos. Visão 360º da Serra da Mantiqueira, bem castigada pelos incêndios, mesmo assim, aquele "mar de morros" é muito bonito.

Vídeo no cume do Pico do Papagaio


Daniel Sam no cume do Papagaio
Do cume do Papagaio, voltamos a trilha e seguimos ao retiro dos pedros, passando por outros morros bem ingrimes. Vacilamos com a agua, mas deu tudo certo, chegando ao retiro nos esbaldamos com a agua e com direito a almoço. O sol estava bem forte. O retiro é um bom lugar para fazer de base e fazer ataques aos cumes do Papagaio, Canjica e outros.


Retiro dos Pretos
Do retiro seguimos por mata fechada até um descampado com um totem sinalizando. Ali tambem terminava uma estrada em que a maioria chegava por trilhas e jipes. nós seguimos o tracklog é cortamos essa trilha.




Foi dificil achar a entrada da trilha da mata, então acampamos por ali mesmo, já que tinha agua e era bem plano. Melhor coisa que fizemos, depois tivemos que atravessar muito mata fechada.




Na segunda o dia rendeu poucos km, pois tivemos que abrir muito o mato e nosso gps dava alguma diferença de alguns metros, o que levava alguns minutos para achar o caminho certo.

Passamos por um poço, alguns aproveitaram para tomar um banho rsss outros só olharam. Mais alguns minutos a frente a primeira cachoeira grande, sem nome. Foi o primeiro contato com pessoas, era um grupo da Pisa tur que estava ali, vindo da pousada do lado de lá.






Vídeo da cachoeira:


Nossa missão era passar a Juju para ficar mais próximo do trecho final, o Morro do Chapéu.

Infelizmente ou felizmente não conseguimos e pegamos o por do sol no morro bem de frente a Cachoeira da Juju, Lugar fantástico, só para nós.




A cachoeira da Juju



Vídeo da Cachoeira do juju


Terça de manhã desmontamos nosso acampamento, seguimos rumo ao Chapéu. O trecho tambem foi com altos e baixos, seguindo o curso do rio que forma a Juju. Encontramos um guarda parque, que foi útil para avisar o cara da kombi que chegaríamos atrasados, umas 2h.




A caminhada até o Morro do Chapéu foi longa e no ritmo forte. Infelizmente não deu tempo de subirmos o Cume, ficou para a próxima. Apartir dai foi uma descida sinistra, bem demarcada. Chegamos no bairro da Vargem por volta das 14h. Um rápido pit stop em um bar e a kombi já estava lá para nossa alegria.




Lugar mágico, pouco explorado e conservado graças a Deus.
O que nos entristeceu, foram as queimadas que vimos do Pico do Papagaio e alguns morros que já estavam se recuperando dos recentes incêndios.




Mas a Natureza é forte e a vida cresce, mesmo com a estupidez humana. Ainda bem.

MINHAS FOTOS: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150534759954812.400778.576754811&type=1&l=fc21201241



+ Relatos de quem foi comigo:
Fábio> http://www.mochileiros.com/travessia-aiuruoca-baependi-sem-limites-trip-s-t47102.html

Sandro> http://www.mochileiros.com/travessia-da-serra-do-papagaio-minas-gerais-t48353.html

Equipos: Mochila Arcteryx bora 80, barraca falcon 2, headlamp guepardo, saco de dormir micron x lite nautika, bota torres snake, bastão caminhada, meias, camelback e fleece Quechua, Abrigo Trilhas e Rumos. Comida: Arroz saquinho, feijão caixinha, Carne c batata e cenoura Swift, linguiça defumada, cebola, provolone, salame, bis, bala de goma, pão sírio, cappucino, pao italiano, queijo polhenghi, 1 garrafa de plastico com vinho, clorin

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